05/05/2021

Desbalanceamento de contêineres segue comprimindo a logística

 Desbalanceamento de contêineres segue comprimindo a logística


A pandemia do coronavírus acertou em cheio o trânsito de contêineres. Com a sucessão de lockdowns em países diferentes e em momentos diversos, seguida por uma explosão de consumo nas regiões que conseguiram superar mais rapidamente os picos da Covid-19, o reposicionamento se tornou muito mais complicado do que em tempos normais. E os reflexos são sentidos no Brasil.

Se até março de 2020 o exportador pagava, em média, US$ 2.100 por frete de cada contêiner, hoje, esse preço gira em torno de US$ 8.500. Estima-se que hoje existam 17 milhões de contêineres marítimos no mundo, que fazem em torno de 200 milhões de viagens por ano.

— Não é que faltem contêineres. O problema é que os armadores, no primeiro momento da pandemia, cortaram linhas entre países, e, com isso, diminuiu o número de navios circulando. Sem navios, não há como levar os contêineres de um lugar a outro — afirma o presidente da Câmara Brasileira de Contêineres (CBC), Silvio Campos.

Na prática, há um desequilíbrio entre conteîneres carregados e conteîneres vazios. Hoje, um navio de 6 mil TEUs precisa contar com 18 mil contêineres, levando em consideração o embarque, o trajeto e o desembarque. Se, por algum motivo, uma embarcação sofre atrasos ou é retida, a contabilidade começa a fazer água. Como no encalhe de um cargueiro no Canal do Suez, em Egito, que afetou o reposicionamento.

— Os protocolos sanitários influenciam diretamente nesse balanceamento. Por determinação da Anvisa, se um tripulante apresenta sintomas, toda a equipe precisa fazer 14 dias de quarentena. Os contêineres que estiverem naquela embarcação ficarão parados pelo mesmo período. Por mais que a tecnologia permita fazer ajustes o tempo todo, em algum momento a conta não fecha — observa Campos.

O movimento portuário na China também influencia diretamente nesse desequilíbrio. Por vários fatores. Como a pandemia começou lá, as medidas de isolamento fizeram com que o país — o maior player do mercado em volume de carga — interrompesse suas operações. Quando, em meados de 2020, os chineses voltaram com força total, a Europa e os Estados Unidos enfrentavam rigorosos lockdowns. Aí, se intensificou a defasagem entre contêineres que viajavam carregados e simplesmente não voltam por não ter onde descarregar.

— No Brasil, tivemos um problema com o suprimento de arroz. Hoje, o arroz que sai do Porto de Rio Grande abastece praticamente todo o país. Uma paralisação na entrega de mil contêineres do cereal, por conta das medidas sanitárias, afeta toda a cadeia de distribuição — lembra o presidente da CBC.

Fonte: Portos e Navios

Notícias Relacionadas
 Santos Brasil avança rumo à meta de aterro zero até 2028

06/06/2025

Santos Brasil avança rumo à meta de aterro zero até 2028

A Santos Brasil dá mais um salto importante rumo à sustentabilidade: em cerca de um ano, desde o lançamento oficial do Projeto Aterro Zero, a Companhia alcançou uma redução de 63% no env (...)

Leia mais
 Tegma conquista quarta certificação do Great Place to Work

06/06/2025

Tegma conquista quarta certificação do Great Place to Work

A Tegma Gestão Logística foi certificada pela quarta vez consecutiva pela consultoria internacional Great Place to Work (GPTW), com base nos resultados de sua mais recente pesquisa de cl (...)

Leia mais
 IA e redes sociais estão a transformar as compras online

05/06/2025

IA e redes sociais estão a transformar as compras online

A DHL eCommerce lançou o seu relatório “E-Commerce Trends Report 2025”, com base em informações recolhidas junto de 24 mil compradores online em 24 mercados globais chave. O estudo deste (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.