01/10/2021

Eficiência logística sobe de patamar

 Eficiência logística sobe de patamar


A chegada do 5G ao varejo muda a perspectiva de conectividade dentro e fora das empresas. Tudo o que é ligado a automação será escalado: centros de distribuição (CD), logística, movimentação mecânica. Tudo o que já é automatizado ganhará em velocidade. “A comunicação entre veículos, transportadores, entregadores e lojas será muito diferente da que temos hoje”, afirma Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail. “Será revolucionário para o supply chain como um todo, porque a conectividade na área operacional será intensificada pelo 5G de maneira transformadora”, diz.

Disposto a preparar a operação para quando a tecnologia estiver disponível, o Bob’s vem fazendo vários experimentos. “Mapeamos 55 projetos ligados à transformação digital. Demos prioridade a 29, dos quais 50% ainda este ano”, afirma Marcelo Tristão, head de transformação digital da rede. “Dos 15 que estão sendo tocados este ano, 10 estão ligados ao uso do 5G".

Segundo Tristão, os principais benefícios serão vistos na cadeia logística, com uma melhor rastreabilidade dos produtos, monitoramento das entregas, acompanhamento da frota, melhoria nos índices de pontualidade e eficiência. “O mesmo benefício observado na logística macro da operação poderá ser sentido dentro da loja, com a comunicação em tempo real com o cliente”, afirma. “Vamos ampliar a possibilidade de interação com o consumidor a cem metros da loja, permitir que ele faça o pedido pelo app e acompanhe a preparação durante o trajeto com mais eficiência e agilidade.”

As novidades não param por aí. O Bob’s está conversando com um fabricante de drones de São Paulo para realizar um projeto piloto de entrega desde o centro de distribuição até perto da casa do comprador. “Estamos estudando a possibilidade de parceria para levar o pedido da loja a um ponto de coleta”, revela. “Hoje temos soluções para deixar em lockers instalados em condomínios, metrôs e postos. Esse equipamento, porém, tem de falar com o cliente, com o entregador, com a nossa cozinha. Tudo isso depende de conectividade, que poderá ser intensificada com o uso do 5G.”

Para Fernando Brossi, VP de operações da C&A Brasil, o uso de drones terá avanços, principalmente dentro dos centros de distribuição, todavia é preciso avaliar se realmente valerá a pena. O executivo, entretanto, enxerga com otimismo a melhora que a tecnologia trará para o monitoramento da frota e da roteirização das entregas. “Contaremos com um novo tipo de serviço que promoverá economia de tempo, de dinheiro e mais eficiência nas operações”, afirma. O último pacote de investimentos da companhia em tecnologias, incluindo 5G, foi de R$ 112,8 milhões no primeiro semestre deste ano, um aumento de 261,5% na comparação anual.

Líder global em armazenagem e distribuição, a DHL Supply Chain há pelo menos três anos vem investindo forte no ecossistema de inovação no Brasil, fomentando a experimentação em vários segmentos. A companhia desenvolveu projetos com ao menos dez startups em áreas como gestão inteligente de pátio, entregas com veículos autônomos, controle de acesso com medição automática de temperatura, reconhecimento facial, inteligência artificial e análise de dados.

Segundo Lilio Neto, innovation evangelist da DHL Supply Chain Brasil, o 5G não chega com o dever de solucionar todos os problemas, mas para resolver a velocidade do dado. “Com o 5G a logística começará a entender melhor o cenário da ponta e acelerar a tomada de decisão”, diz.

Serrentino enfatiza que o maior desafio hoje é saber como será feito o processo de implantação das redes, da infraestrutura no Brasil, assim como a adequação dos equipamentos. “Se a tecnologia for cara e acessível a poucos, as mudanças demorarão a acontecer, ficarão restritas a nichos”, diz o consultor. “O consumidor precisa ter acesso, assim como todos os seguimentos do varejo, não apenas as grandes redes, para que os benefícios aconteçam.” Enquanto o leilão não ocorre, fica difícil entender quais rumos serão dados à implantação do 5G no país. Resta ao varejo se preparar.



Fonte: Valor Econômico

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