Atrás da China, os EUA mantiveram-se como o segundo maior destino das exportações brasileiras no ano passado. No entanto, lideraram na compra de produtos de alto valor agregado e como os principais investidores diretos no Brasil.
É o que mostra o Perfil de Comércio e Investimentos, mais recente publicação da ApexBrasil que será enviada nesta quarta-feira (10) a empresários.
O estudo identifica quase mil oportunidades de negócios para empresas brasileiras no mercado norte-americano, como vestuário, máquinas e equipamentos e móveis de madeira. Segundo o documento, as vendas externas do Brasil para os EUA atingiram sua maior marca no ano passado, ultrapassando US$ 40 bilhões.
Apesar de a China ter liderado em volume, os norte-americanos responderam por 78% das compras de itens de mais valor agregado.
“O Brasil é o principal fornecedor dos EUA de produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço, com 55,8% de participação no mercado”, diz o documento.
Ainda segundo o estudo, atualmente o país não é afetado pela tarifa de 25% sobre produtos de aço instituída ainda no primeiro governo Donald Trump, porém já foram anunciadas mudanças na política, que passará a imputar a sobretaxa a todos os parceiros comerciais.
Até 2024, pouco mais de um terço das importações dos EUA foi originada de parceiros com acordos comerciais — México e Canadá, especialmente.
O Brasil não possui acordo comercial com os EUA, e o Sistema Geral de Preferências (SGP), benefício concedido unilateralmente pelos EUA, segue sem perspectiva de renovação no governo Donald Trump.
Os dados mais recentes mostram que o estoque de investimento direto estrangeiro (IED) atingiu US$ 287,7 bilhões em 2023, aumento de 16,8% em relação a 2022.
Fonte: Folha de São Paulo