O segmento de transportes foi o único, entre as cinco atividades do setor de serviços, a registrar crescimento em junho, ante maio, com avanço de 1,5% — a quinta alta mensal seguida —, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a atividade renovou o patamar recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2011.
O segmento está 12,4% acima do patamar de fevereiro de 2020, marco do pré-pandemia, mas 13,7% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em fevereiro de 2014. O transporte rodoviário de cargas e o transporte aéreo de passageiros estão por trás dessa expansão, que, segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, reflete “o dinamismo da economia brasileira”.
A atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio é a que tem o maior peso no setor de serviços, com participação de 36,4%. Os serviços de informação e comunicação, que ocupam a segunda posição em representatividade, têm participação de 23,46%. “Esse peso de transportes confere ainda mais poder de influência ao aumento do volume de serviços prestados pela atividade”, afirma Lobo.
Na avaliação dele, a expansão é puxada principalmente pelo transporte rodoviário de cargas e pelo transporte aéreo de passageiros, refletindo uma atividade econômica mais dinâmica. “O transporte rodoviário de carga inclui todo o deslocamento de mercadorias no país, sejam aquelas relacionadas ao agronegócio, como fertilizantes e os produtos em si, sejam bens industriais e de comércio. E esse aumento está intimamente ligado ao maior dinamismo da economia.”
O transporte de cargas subiu 0,7% em junho, ante maio, após queda de 0,5% nos últimos dois meses. Neste caso, o nível está 6,2% abaixo do ponto mais alto de sua série, registrado em julho de 2023, e 35,4% acima de fevereiro de 2020.
Fonte: Valor Econônico
Foto: Gui Moreto/Agência O Globo