24/04/2023

Operadores Logísticos não diferenciam salário entre gêneros, garante pesquisa



Após 48 anos anos da criação do Dia da Mulher, data estabelecida para marcar as lutas  por respeito, qualidade de vida e igualdade de direitos entre homens e mulheres, as discussões não se restringem mais a apenas um gênero. Em todos os espaços e contextos da vida, é preciso falar sobre diversidade, equidade, inclusão e a necessidade de projetos e iniciativas capazes de transformar, principalmente, o ambiente dentro das empresas. E os maiores Operadores Logísticos do País revelaram estar atentos a este novo momento. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) apontou que 33,3% dos OLs contam com 41% ou mais mulheres no seu quadro de colaboradores atualmente. Já metade dos OLs afirmou que esse percentual fica entre 21% e 30% do total de funcionários. Além disso, 83,3% garantiram que não há diferenciação salarial entre homens, mulheres e outros gêneros. 


As estatísticas chamam atenção, sobretudo em um momento no qual a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que vinha caindo até 2020, voltou a subir, atingindo 22% no fim de 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem. A posição delas em cargos de liderança também segue baixa, evidenciou o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Mulheres representam apenas 15,2% dos profissionais em conselhos e diretorias de companhias abertas no Brasil.


Apesar do cenário geral, no setor de logística a pesquisa da ABOL também mostrou que 50% das empresas têm a contratação de mulheres e outros gêneros como parte das ações focadas em diversidade. Inclusive, metade delas considera a questão nos processos de recrutamento e seleção para todos os tipos de vagas e cargos. Ou seja, ainda que haja um longo trabalho a ser feito, os OLs já começaram a dar os seus primeiros passos. De acordo com os entrevistados pela ABOL, 33,3% têm um projeto de diversidade em execução há mais de um ano. Outros 16,7% ingressaram nesse universo entre os últimos dois e quatro anos. 


Entre as políticas organizacionais estão projetos voltados aos jovens e pessoas com deficiência, ações de combate ao preconceito e à discriminação,  capacitação direcionada a grupos minoritários, definições de indicadores relacionados a gênero, comunicação ampla e abrangente entre os colaboradores, e conexão com mercados e parceiros para captação de mão de obra diversa. 


"As empresas percebem os retornos positivos obtidos ao investirem em programas internos que estimulam a  diversidade e inclusão. De acordo com alguns OLs, as experiências costumam ser fortes e marcantes em equipes que prezam pela diversidade, uma vez que possibilitam novas e diferentes visões sobre o mundo e o mercado, contribuindo para o processo de inovação, melhoria dos resultados e, consequentemente, para o crescimento da companhia e o progresso de nossa sociedade.  Os impactos positivos são em cadeia. Essas conclusões, que parecem óbvias a nós, e a muitas mulheres leitoras, ainda precisam ser repetidas e veiculadas de modo a quebrar o preconceito que ainda resta incutido em algumas corporações", destacou a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha.



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