08/10/2020

Antaq propõe sistema comum de dados entre países cortados pela Hidrovia Paraguai-Paraná

 Antaq propõe sistema comum de dados entre países cortados pela Hidrovia Paraguai-Paraná


Para subsidiar ações, a agência realizou estudo sobre as condições de navegabilidade na hidrovia, identificando os gargalos e potenciais de crescimento

Percorrendo cinco países como Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia, a Hidrovia Paraguai-Paraná é considerada uma das mais importantes vias navegáveis da América do Sul. E para potencializar a navegação por esta hidrovia, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) propõe ações integradas entre os países, a partir da criação de um sistema comum de dados e informações sobre a navegação na Paraguai-Paraná. O objetivo é auxiliar na toma de decisões para o desenvolvimento da hidrovia como um todo. Para subsidiar tais ações, a agência realizou um amplo estudo envolvendo informações sobre as condições de navegabilidade entre os cinco países, identificando os principais gargalos e os potenciais de crescimento.

O diretor da Antaq, Adalberto Tokarski afirmou que agência foi impulsionada a elaborar o estudo após observar uma queda relativamente grande na navegação pela hidrovia a partir de 2014. Segundo ele, desde então várias empresas deixaram de transportar pela via, ao contrário do que ocorreu com outras hidrovias no país. Para tentar entender as razões da redução e propor alternativas, o estudo começou a ser elaborado.

“O objetivo (do estudo) é impulsionar o desenvolvimento (da hidrovia) tendo uma base de dados para que nós possamos tomar decisões baseadas em dados, e que vão subsidiar outros organismos governamentais para melhorar as políticas, ajudar as empresas, além de ser um ponto positivo para o nosso trabalho”, disse o superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade Antaq, José Renato Ribas Fialho, à frente dos estudos, durante Seminário online “Hidrovia Paraguai-Paraná: perspectiva regional e integração, análise y reflexões”, realizado nesta quarta-feira (07).

Divido em três eixos de análise: infraestrutura, mercado e regulamentação, o estudo levantou informações sobre as condições de navegabilidade e as redes de modais que dão acesso à hidrovia. Elaborou também uma matriz de origem e destino das cargas, as áreas de influência e os fluxos das mercadorias, além de ter discriminado as diferenças regulatórias entre os cinco países. Este último ponto demonstrou ser um dos maiores empecilhos no caso brasileiro, tendo em visto seu excesso de burocracia. Os custos principais estão nas cargas tributárias e previdenciárias.

A pesquisa revelou ainda o potencial de movimentação de mercadorias variadas, tanto para importação quanto exportação, além do potencial em toneladas movimentadas por cada um dos países por meio da hidrovia. No Brasil, de acordo com Fialho, existe a possibilidade de que 40 milhões de toneladas de novas cargas possam migrar para o modal aquaviário. Até 2030, o transporte pela hidrovia como um todo pode chegar a 287 milhões de toneladas.

Diante dessas informações a agência sustenta a necessidade de um sistema que sirva de eixo de integração entre os países. “Precisamos trabalhar todos os dados da hidrovia em conjunto, a títulos de números e estratégias. O desafio, portanto, é um sistema único de informações para envio de dados”, pontuou Tokarski. O objetivo, segundo ele, é possibilitar a livre navegação no futuro melhorando as diferenças regulatórias entre os países. Fialho também destacou a importância de que o comitê da hidrovia formado por representantes entre os países seja fortalecido.

Fonte: Portos e Navios

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