01/04/2021

Empresas criam soluções para entregas rápidas

 Empresas criam soluções para entregas rápidas


Com o aumento da demanda das compras on-line e, em consequência, das entregas de produtos nas residências, as empresas de entregas expressas tiveram que buscar soluções diferenciadas para oferecer mais agilidade e segurança do produto transportado.Muitas dessas soluções se voltaram principalmente para a last mile delivery. Isso porque é nesta fase que a remessa sai do centro de distribuição para chegar até o consumidor, que espera rapidez e transparência no processo.

Muitas vezes, afirmam executivos do segmento, é preciso se reinventar. É o que diz, por exemplo, Claudia Agnello de Souza, diretora de operações da DHL Express. Segundo ela, o aumento da demanda criou desafios nas entregas feitas nos grandes centros urbanos, em relação à segurança, restrições de circulação e acesso a áreas difíceis. Segundo ela, Rio de Janeiro e São Paulo têm sérias restrições logísticas, dificultando a entrega em muitos endereços.

“Por isso, temos buscado nos reinventar com parcerias para ir mais longe por meio de redes de e-Box, que são os terminais inteligentes de autoatendimento. Em parceria com a Clique Retire (empresa de autoatendimento para o varejo), passamos a oferecer em 2020 a retirada de encomendas em terminais de autoatendimento.” A cidade do Rio de Janeiro foi o projeto-piloto da parceria, mas a iniciativa deverá ser expandida em breve para outras regiões do Brasil.

Outro fator que impacta uma experiência de last mile perfeita, ressalta Claudia, é que o comprador nem sempre está em casa e não tem quem receba sua encomenda. Por isso, a DHL oferece aos clientes a possibilidade de alterar o dia ou o local do recebimento do produto por meio de ferramentas eletrônicas.

Para fazer frente ao aumento da demanda, a empresa contratou, em 2020, mais de 130 novos colaboradores efetivos e temporários, com destaque para a área operacional, com mais 50 pessoas para atender ao grande volume de coletas e entregas, bem como para dar suporte às atividades nos aeroportos.

“Entre as tendências para este ano, nos laboratórios de inovação da DHL dos Estados Unidos e Alemanha, as novas tecnologias estão sendo testadas, como drones para entregas e inventário físico, roteirizadores integrados e inteligentes, telemetria, dispositivos eletrônicos de segurança, veículos elétricos e, principalmente, uso intensivo de robótica para tarefas repetitivas.” No Brasil, diz Claudia, há veículos elétricos em operação para a entrega last mile, e neste ano a empresa vai trabalhar com bicicletas elétricas e scooter elétricas visando à questão de sustentabilidade. Os investimentos neste ano no país devem ser de R$ 18 milhões.

Segundo ela, hoje, do total de clientes, 79% são pequenas e médias empresas, segmento que representou um aumento de 43% no faturamento da DHL no Brasil em 2020 ante mesmo período do ano anterior.

Na FedEx, Gustavo Kornitz, diretor de marketing, afirma que foram feitos estudos para verificar o volume a ser entregue e buscar o veículo adequado, porque a empresa faz entregas B2B e B2C para diferentes setores em mais de 5,3 mil localidades do Brasil. Tem frota própria de quase três mil veículos entre caminhões e vans, mas também opera com motos. Além dos investimentos para melhorar a densidade e a roteirização das entregas, a empresa está testando o uso de motos com semirreboque, porque esses veículos dão maior segurança e têm capacidade três vezes maior do que uma motocicleta comum.

“O e-commerce é um dos pilares de crescimento da FedEx em todo o mundo. Segundo levantamento da XP Investimentos, as compras on-line devem registrar um aumento de 32% neste ano no Brasil. Para atender a essa demanda, estamos aprimorando nossa infraestrutura e portfólio”, afirma Kornitz. Como exemplo de investimentos, ele destaca a abertura, em 2020, do centro de distribuição em Cajamar, que é a maior infraestrutura logística da empresa na América Latina e uma das maiores do mundo para a FedEx. Também foram inaugurados outros centros logísticos.

Kornitz afirma que esses centros estão preparados para atender à alta demanda do e-commerce e outros segmentos estratégicos, como tecnologia, indústria, calçados e bens de consumo.“Em termos globais, a FedEx tem obtido resultados muitos positivos conforme divulgado nos balanços da empresa. No segundo trimestre fiscal, a FedEx teve uma receita de US$ 20,6 bilhões, um crescimento de 19% em relação a igual período do ano fiscal anterior.” Por política da companhia, não há divulgação sobre por operação e região.

Outra empresa que tem buscado a renovação é a Jadlog, controlada pela DPDgroup, segunda maior rede de entregas de cargas expressas da Europa. Segundo Bruno Tortorello, CEO da companhia, em 2020 foram investidos no Brasil mais de R$ 30 milhões em automação, o que permitiu triplicar a capacidade de processamento operacional e a renovação tecnológica.

“Temos 40 mil clientes em todo o país. O e-commerce é o carro-chefe da empresa, representando 70% dos negócios. Diante do aumento da demanda, criamos alternativas de entrega de produtos. Uma dessas soluções foi o Pickup, que permite a retirada das encomendas do e-commerce em pontos comerciais parceiros da Jadlog estrategicamente localizados nas cidades brasieiras. ” Segundo ele, assim o consumidor escolhe o ponto mais próximo da sua residência ou trabalho para a retirada da encomenda em qualquer dia da semana, em horários estendidos, inclusive nos fins de semana. “Com isso, reduzimos o insucesso da entrega e dos custos logísticos para os embarcadores e para os consumidores finais, já que, em média, é 20% mais barato que a entrega domiciliar".

Este mercado aquecido atraiu a atenção da Bolt, empresa de mobilidade urbana que possui mais de 50 milhões de usuários em mais de 40 países na Europa e África, que acaba de lançar um programa de franquia internacional.Ela planeja ingressar no mercado brasileiro, oferecendo serviços de “carona remunerada”, micromobilidade com patinetes e bicicletas elétricas, delivery de comida e encomendas. Segundo Nikita Utkins, gerente de expansão da Bolt, a empresa considera que o Brasil é o maior mercado de carros por aplicativo do mundo e interessa à empresa.

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