12/07/2024

GLP investirá R$ 2,1 bilhões em novos galpões logísticos no Brasil

 GLP investirá R$ 2,1 bilhões em novos galpões logísticos no Brasil



A multinacional GLP, de Cingapura, investirá R$ 2,1 bilhões entre 2024 e 2026 no Brasil para a construção de novos galpões logísticos, um movimento que reforça a aposta da companhia na economia brasileira e, principalmente, no potencial de avanço do comércio eletrônico.


Nesse modelo de negócios, os galpões são alugados para empresas como centros de armazenamento e distribuição de mercadorias. A principal demanda aí tem partido das varejistas que vendem pela internet, um setor que viu a competição aumentar nos últimos, engrossado pelo desembarque das empresas asiáticas Shopee, Shein e Temu, entre outras.


A GLP é a maior desenvolvedora de galpões do Brasil, dona de 13 parques logísticos com mais de 30 galpões, que totalizam uma área bruta locável (ABL) de 3 milhões de m². No próximo triênio, pretende ampliar essa área em mais 1 milhão de m².


“É um crescimento significativo”, afirma o presidente da GLP, Mauro Dias, em conversa com a Coluna. Segundo ele, o próximo ciclo repetirá o volume de investimentos feito no triênio anterior, entre 2021 e 2023, reforçando a presença da GLP no Brasil.


Projetos mais próximos de SP


Neste ciclo, entretanto, a localização dos projetos ficará em um raio menor de São Paulo, passando de 30 quilômetros para 15 quilômetros, o que abrange Guarulhos, Cajamar, Franco da Rocha, Embu e região do ABC. “Essa é a área onde enxergamos mais potencial”, diz.


Neste momento, dois parques logísticos já estão em obras de expansão, o Bandeirantes I, em Franco da Rocha; e o Embu III. O próximo a entrar em obras, ainda este ano, será um empreendimento em terreno adquirido anos atrás da família Klabin, em Guarulhos.


Há também planos para projetos dentro das cidades, o que permite às varejistas ganhar tempo nas entregas. “Aí são empreendimentos menores e voltados a produtos de giro mais rápido”, explica Dias.


Nos últimos anos, a GLP também fez movimentos de venda de ativos. Conforme revelou a Coluna no fim do ano passado, via fontes, a GLP vendeu para a Brookfield nove parques logísticos pelo valor de R$ 750 milhões. As unidades estavam espalhados por Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com 350 mil m² de ABL ao todo.


Dias não comenta negociações específicas, mas explica que as vendas fazem parte de um processo natural de reciclagem de capital, dado que a empresa atua no mercado local há mais de uma década.


Mercado está aquecido


O presidente da GLP conta que o mercado se mostrou bastante movimentado nos últimos meses. A GLP, sozinha, assinou contratos de locação que totalizaram 300 mil metros quadrados, o equivalente a cerca de 30% de tudo que foi comercializado no Estado de São Paulo entre janeiro e maio. As maiores transações envolveram imóveis para o Mercado Livre e a Shopee, na Grande São Paulo. Ao todo, o comércio eletrônico respondeu por 84% das locações da GLP neste ano.


“O comércio eletrônico continua crescendo e aumentando sua penetração no varejo. Além das empresas já presentes aqui, esse setor tem como característica a chegada de outros competidores de fora”, afirma Dias. “No nosso portfólio, 65% são empresas que estão no comércio eletrônico. Esse perfil tem sido o principal locador do mercado de galpões.” Pela frente, a expectativa é que essa demanda continue aquecida.


Atualmente, 92% da área disponível da GLP está alugada, o que representa uma ocupação acima da média de mercado, entre 88% e 89%. “Esse é um patamar bastante saudável para nós”, avalia Dias. Por sua vez, o preço de locação começou a subir após ficar estagnado por vários trimestres consecutivos. O motivo dessa alta é o nível elevado de ocupação, a demanda crescente e a busca por imóveis em áreas mais nobres, isto é, bem perto dos grandes centros.


Fonte: Estadão



Notícias Relacionadas
 BBM Logística avança na integração de operações para crescer com eficiência e foco no cliente

13/05/2025

BBM Logística avança na integração de operações para crescer com eficiência e foco no cliente

Em um cenário econômico marcado por taxas de juros elevadas e desafios macroeconômicos, o setor de logística no Brasil enfrenta um dos seus maiores testes. Para manter-se (...)

Leia mais
 Um mês após tarifaço, venda de produtos chineses para o Brasil salta até 40%

13/05/2025

Um mês após tarifaço, venda de produtos chineses para o Brasil salta até 40%

Os cerca de 30 dias de guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, agora arrefecida pelo acordo entre as duas potências globais anunciado ontem, causaram impactos no mercado bras (...)

Leia mais
 Demanda por carga aérea cresce 4,4% em março e atinge pico histórico, segundo IATA

12/05/2025

Demanda por carga aérea cresce 4,4% em março e atinge pico histórico, segundo IATA

A Brado acaba de reforçar sua operação no terminal de Rondonópolis (MT) com a instalação de um segundo tombador de caminhões, ampliando significativamente sua capacidade operacional. O n (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.