16/06/2021

Maersk prioriza logística ‘porta a porta’ no Brasil

 Maersk prioriza logística ‘porta a porta’ no Brasil


A Maersk, maior grupo de navegação marítima do mundo, está focada em verticalizar suas operações no Brasil e viabilizar uma logística “de porta a porta” para seus clientes, segundo Vincent Clerc, vice-presidente executivo global da companhia.

Hoje, a empresa já tem uma forte atuação no país. Além do serviço de navegação de longo curso, centrado em contêineres, a Maersk tem um braço de cabotagem e opera terminais portuários em Santos (SP), Itajaí (SC), Itapoá (SC) e Pecém (CE). Agora, a ideia é ampliar a estrutura terrestre, com investimentos em centros de distribuição, armazéns, soluções digitais e serviços de despacho aduaneiro. Além disso, a companhia voltou a realizar fretes aéreos no país.

“O foco serão investimentos demandados pelos clientes, soluções para simplificar a cadeia logística. A orientação serão as necessidades dos usuários, não a busca por um ativo ou estrutura específica”, diz Robbert Van Trooijen, que comanda a operação da empresa na América Latina.

Um exemplo dessa estratégia é o recém-anunciado acordo de três anos com a Braskem. A Maersk irá cuidar de toda a cadeia de suprimentos da petroquímica globalmente, incluindo um novo terminal no Porto de Cingapura.

“Para companhias que operam na América Latina, tanto importadores quanto exportadores, a logística tem um custo alto em comparação com mercados mais maduros. Nosso objetivo é desenvolver a infraestrutura, seja tecnologia, seja armazenagem, para reduzir o custo”, afirma Clerc.

A expansão das atividades do grupo já chega até mesmo ao comércio eletrônico, com entregas ao consumidor final, mas apenas na América do Norte. Na América Latina, a oferta desse tipo de serviço é complexa e não deverá ser implementada no curto prazo, mas está no radar - e o Brasil tende a ser o primeiro mercado da região nesse caso, diz Trooijen.

O avanço de grandes grupos, como a Maersk, em outros segmentos logísticos tem gerado questionamentos de algumas empresas. Isso ficou claro, por exemplo, durante a tramitação da “BR do Mar”, projeto de lei do governo federal que altera as regras de cabotagem.Durante as discussões, houve pressão de caminhoneiros para proibir que empresas de navegação atuem no transporte terrestre. Uma emenda com essa restrição chegou a ser incluída no texto, mas já foi retirada.

Além disso, indústrias importadoras e usuários dos serviços marítimos começam a questionar de forma mais incisiva a crescente verticalização da cadeia logística global.

A Maersk não é a única a fazer esse movimento. A MSC, outro gigante de navegação, também tem investido nos serviços “de porta a porta”. Recentemente, o presidente global da Terminal Investment Limited (subsidiária do grupo), Ammar Kanaan, elencou esses questionamentos como um fator de preocupação na região.

Para o executivo global da Maersk, a empresa está atenta às críticas, mas não as vê hoje como ameaça, devido à grande fragmentação do setor e à pequena fatia da companhia no mercado brasileiro. “Todos os clientes têm múltiplas opções. Não acreditamos que estamos perto de ter problemas com isso”, diz Clerc.\
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Fonte: Valor Econômico

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