04/11/2021

Operadora de logística ferroviária usa internet das coisas para evitar Operadora de logística ferroviária usa internet das coisas para evitar

 Operadora de logística ferroviária usa internet das coisas para evitar Operadora de logística ferroviária usa internet das coisas para evitar


Quando fala do propósito de transformar a infraestrutura brasileira e trazer competitividade aos produtos nacionais vendidos no exterior, João Alberto Fernandez de Abreu, presidente da Rumo, vai muito além da retórica – tem fatos para provar. A operadora de logística ferroviária do Grupo Cosan, bicampeã setorial de Época NEGÓCIOS 360º, administra metade da malha nacional.

Pois ela consegue hoje cobrar US$ 28 por tonelada de produto no corredor entre o Mato Grosso, principal região do agronegócio brasileiro, e o porto de Santos, o mais importante do país. Os produtores agrícolas americanos pagam US$ 47 por tonelada nas suas principais ferrovias, segundo Abreu, já consideradas bom exemplo. O produto nacional tem, assim, um custo logístico 40% menor e chega ao destino com preço mais competitivo.

Não é milagre, mas resultado de investimentos – e muito mais está por vir. Em 2020, a Rumo renovou de forma antecipada, por 30 anos, o contrato de concessão da Malha Paulista, trecho de cerca de 2 mil quilômetros entre Mato Grosso e Santos. Pelo direito de operar a rota até 2058, pagou cerca de R$ 3 bilhões ao governo e se comprometeu a investir mais R$ 6 bilhões em melhorias como novos pátios, duplicação de vias, postos de abastecimento, viadutos e obras de contornos urbanos. Ainda em território paulista, a Rumo desenvolve obras de modernização no porto de Santos, nas regiões do Paquetá e do Macuco.

Paralelamente, a empresa promove a interligação desse trecho paulista com a sua malha central, parte da famosa Norte-Sul, uma obra estatal iniciada em 1986 e que entrou em operação apenas um ano após ser privatizada, em 2019. Junto com a malha, foram construídas melhorias nessa via que interliga Santos com o porto de Itaqui, no Maranhão. Entre elas, o novo terminal de carga de Rio Verde, em Goiás – um investimento de R$ 430 milhões. “Existe uma gestão desses investimentos para transformar o sistema como um todo, não só uma malha específica”, diz Abreu. “E o resultado será aumentar a competitividade desde o produtor agrícola até o momento da partida do porto brasileiro para o seu destino.”

Tecnologia também é primordial. Veja o caso dos sensores de monitoramento espalhados pelos trilhos. Eles ajudam a prevenir acidentes – um trilho quebrado é detectado antes de algum trem passar sobre ele. Os vagões possuem tags para monitorar vibrações. Caso haja um nível excessivo, o trem freia e evita um acidente mais grave.

Munidas de sistema com algoritmo, as locomotivas da Rumo são semiautônomas e “aprendem” quanto mais são utilizadas. Detectam, por exemplo, os melhores locais para acelerar e frear as composições. “É a internet das coisas”, afirma o presidente. “Nossa central de controle conversa via satélite com nossos vagões, nossas locomotivas e até com nossos trilhos.” Isso, entre outras coisas, reduz acidentes. A Rumo entrou no nível de segurança-padrão das melhores companhias do mundo no setor e quer estar entre as três mais seguras até 2022.

Sistemas automatizados levaram à redução do gasto de óleo diesel de 5 litros para 3,5 litros por tonelada/km útil. E assim a companhia conseguiu adiantar de 2025 para 2023 o cumprimento da meta de reduzir em 15% a emissão de carbono.



Fonte: Época Negócios

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