Um dos primeiros efeitos da estiagem é a redução da quantidade de carga nos navios, o que pode provocar desabastecimento na região.
Embora a estiagem na região amazônica se repita ao longo dos anos, o conhecimento de tal fenômeno ainda não tem sido suficiente para que medidas de contenção de impactos sejam tomadas. E em 2020 os problemas relacionados à falta de chuvas se repetem e preocupam, sobretudo, regiões que necessitam da navegação para o recebimento de insumos para o consumo e indústria. Um dos primeiros efeitos da estiagem é a redução da quantidade de carga nos navios. Para tentar reduzir impactos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que vem realizando dragagem dos trechos mais críticos.
A dragagem vem acontecendo no Rio Madeira, que vem sofrendo intenso assoreamento e onde já está perceptível a redução de profundidade no local. Outra medida adotada pela autarquia é a elaboração do Plano de Monitoramento Hidroviário do Rio Amazonas, por meio do qual será realizado o levantamento das intervenções necessárias para a estruturação técnica e operacional dessa hidrovia. Além disso, vem licitando serviços de desassoreamento em instalações portuárias de pequeno porte (IP4) na Amazônia.
A Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac) também vem dialogando constante com o DNIT, a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, Secretaria Nacional de Portos e Transporte Aquaviário, entre outros órgãos para que mais ações sejam tomadas. Entre as medidas estão a instalação de régua de nível automatizada nos locais críticos, levantamento batimétrico, dragagem mais frequente e o estabelecimento de rotas seguras para a navegação.
De acordo com a Abac, para atingir Manaus, dois trechos têm sido mais críticos para a navegação de cabotagem. Um deles é a passagem do Tabocal, a poucas horas de Manaus, que com a estiagem limita a passagem apenas com luz do dia e exige uma folga mínima abaixo da quilha, não permitindo o carregamento máximo de alguns navios que operam na região. "O melhor conhecimento da passagem no tocante ao perfil do fundo, bem como o real nível do rio naquele local, é de extrema importância para que se otimize o navio, atendendo a região com maior eficiência”, disse. O ponto é o Rio Madeira que sofre com o assoreamento.
A navegação de cabotagem é a responsável por conectar logisticamente essa região às demais partes do país. Nesta conexão, a Abac destaca o envio dos insumos para as pessoas que vivem na região e para a indústria lá localizada, bem como pelo escoamento da produção da Zona Franca de Manaus. Com a estiagem na região, algumas passagens impõem restrições de calado para a embarcação e, portanto, reduz a capacidade de carga com impacto direto à região.
Para tentar mitigar os efeitos da estiagem, a empresa Aliança Navegação vem disponibilizando uma embarcação adicional para atender a demanda local. Isso em razão da necessidade de navegar com navios mais vazios para evitar o encalhe devido ao peso.
Fonte: Portos e Navios
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