14/10/2020

Participação do comércio online nas vendas do varejo cresceu em 6 meses o mesmo que em 6 anos

 Participação do comércio online nas vendas do varejo cresceu em 6 meses o mesmo que em 6 anos


Estudo da Fecomércio-SP mostra que, sob efeito da pandemia, a fatia do e-commerce passou de 2,9% para 3,7% no Estado de São Paulo; na capital paulista, as vendas online responderam por 5% do faturamento do primeiro semestre

A pandemia provocou um salto na participação do comércio eletrônico no total das vendas do varejo no principal mercado consumidor do País. Entre janeiro e junho deste ano, a fatia do comércio online no varejo total do Estado de São Paulo passou de 2,9% para 3,7%, um avanço de 0,8 ponto porcentual. Foi a mesma taxa de crescimento registrada entre 2013 e 2019, aponta um estudo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). “Em apenas seis meses de pandemia, a participação do comércio eletrônico no varejo cresceu o equivalente a seis anos anteriores”, afirma a assessora econômica da Fecomércio-SP, Kelly Carvalho.

Na capital paulista, o ritmo de crescimento foi ainda mais acelerado. As vendas online fecharam o primeiro semestre deste ano respondendo por 5% do faturamento do varejo, com avanço de 1,4 ponto sobre o final do ano passado. De 2013 para 2019, o crescimento havia sido de 1,1 ponto, de 2,5% para 3,6%.

A perspectiva é que a capital paulista encerre o ano com o comércio online respondendo com algo entre 6% e 7% das vendas do varejo como um todo, calcula a economista. Se a projeção se confirmar, a cidade de São Paulo vai se aproximar do desempenho de Nova York (EUA), onde o varejo online responde por cerca de 10% do total. Para o Estado de São Paulo, ela acredita que a fatia do comércio online encerre o ano em torno de 5%.

Há um consenso no mercado de que as compras online são uma tendência que veio para ficar. É que a volta à normalidade é uma incógnita, enquanto não houver uma vacina contra a covid-19. “O varejista que não está hoje no e-commerce está com os dias contados, porque é uma questão de competitividade”, argumenta Kelly.

Além dos aplicativos, uma das alavancas desse desempenho foram os marketplaces, que permitiram que empresas pequenas conseguissem ingressar no varejo online sem ter uma plataforma própria.

A economista da Fecomércio-SP ressalta que uma preocupação do setor diz respeito às tentativas do governo de tributar a nova economia digital, atribuindo aos marketplaces a obrigação de fiscalizar o pagamento de imposto pelas lojas online e também de recolhê-lo, caso a loja não o faça. Isso já ocorre em relação ao ICMS nos Estados da Bahia e do Rio de Janeiro, diz Kelly, destacando que é intenção do governo federal adotar o mesmo mecanismo, de acordo com a proposta de reforma tributária. “É dever do Estado fiscalizar e é muito ruim para o setor ter políticas públicas que onerem as plataformas. Esse é um dos grandes desafios daqui para frente.”

Destaque

Além da cidade de São Paulo, a região do ABC paulista registrou avanço significativo da participação do comércio online no varejo no primeiro semestre, de 3,2% ao final de 2019 para 4,4% em junho deste ano, com alta de 1,2 ponto porcentual. O litoral também chamou atenção com uma fatia de 3,8% ao final do primeiro semestre.

Com a pandemia, houve uma migração de vendas físicas para o mundo virtual que fica nítida no valor do gasto médio. No primeiro semestre deste ano, o tíquete médio do e-commerce no Estado de São Paulo aumentou 17,5%, quase o dobro do varejo tradicional, que cresceu 9,4% no mesmo período.

A maior parte dos bens duráveis, que são os itens de maior valor, foi comprada no começo da pandemia, diz a economista. A tendência para os próximos meses é de estabilização do valor gasto. Isso porque as pessoas estão com receio de como vão se comportar o emprego e a renda no futuro próximo.

Fonte: O Estado de São Paulo

Notícias Relacionadas
 DHL Supply Chain faz parceria para reciclagem de baterias

26/06/2025

DHL Supply Chain faz parceria para reciclagem de baterias

A DHL Supply Chain assinou um contrato de longo prazo com a Fortum Battery Recycling, com vista ao desenvolvimento e à prestação de soluções logísticas no domínio da reciclagem de bateri (...)

Leia mais
 Tegma compra plataforma de logística Buskar.Me por R$ 15,1 milhões

26/06/2025

Tegma compra plataforma de logística Buskar.Me por R$ 15,1 milhões

Foi aprovado na reunião do colegiado realizada na terça-feira (24) a aquisição da Buskar.Me por R$ 15,1 milhões — sendo que R$ 12 milhões serão pagos por 70% das quotas da empresa e R$ 3 (...)

Leia mais
 BBM amplia programa e projeta crescimento de 20% na frota de motoristas agregados

25/06/2025

BBM amplia programa e projeta crescimento de 20% na frota de motoristas agregados

A BBM Logística está ampliando o programa de motoristas agregados para atender ao aumento da demanda no fim do ano. A empresa pretende aumentar em 20% a atual frota de agregados, que con (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.