24/01/2025

ABOL apresenta soluções para o transporte aéreo de cargas



Em busca de melhorias na eficiência e na infraestrutura dos principais terminais aéreos de cargas do País, para atender a demanda crescente do setor, a Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL) mapeou os principais entraves que dificultam o crescimento do modal e propôs soluções permanentes - e não apenas temporárias ou paliativas, conforme observado nos últimos meses.  O objetivo é evitar que os OLs deixem de oferecer esse tipo de serviço dentro do seu portfólio, por enfrentarem obstáculos que se tornaram estruturais. 


Vale lembrar que, desde o final do ano passado, quando começou o acúmulo de mercadorias no terminal de cargas do Aeroporto de Guarulhos, administrado pela Concessionária GRU Airport, os OLs vem lidando com prejuízos operacionais e financeiros. Além disso, a greve dos  servidores da Receita Federal, que iniciou em novembro, já travou mais de 55 mil remessas  expressas em Viracopos (Campinas/SP) e em Guarulhos (SP). As encomendas estão retidas nos armazéns, sobrecarregando a infraestrutura e elevando os custos das empresas com armazenagem e segurança.


As propostas, elaboradas pela ABOL, foram apresentadas no mês de janeiro a representantes do Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Na ocasião, também foram apontados problemas específicos na liberação de cargas em Guarulhos, como armazéns dispersos dificultando a gestão e localização das cargas; atrasos excessivos para retirada de cargas, chegando a 10 dias, ao invés das esperadas 24 horas; cargas perecíveis vencendo, devido a processos demorados de liberação para armazenagem; e perdas de produtos sem ressarcimento.


De acordo com a diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, foi a primeira vez que a Associação conseguiu levar a perspectiva dos Operadores Logísticos em relação ao trabalho realizado dentro de terminais de carga em aeroportos. Atualmente, os OLs, que atuam com o setor aéreo, estão nesses locais ou dependentes de aeronaves comerciais para transportar os seus produtos. As mercadorias, geralmente, incluem itens expressos, do e-commerce, medicamentos, e partes importantes de equipamentos e máquinas para a cadeia produtiva. A variedade costuma aumentar, assim como a demanda e o volume geral. 


“Levamos essas questões ao MPor com o objetivo de que o sistema aéreo de carga brasileiro como um todo seja aprimorado, com ganhos de eficiência, redução do Custo Brasil e geração de novas oportunidades e negócios, de modo que os OLs não deixem de oferecer o serviço aos clientes e embarcadores. Observamos uma demanda reprimida por esse modal, uma vez que outros nichos e segmentos da cadeia produtiva poderiam ser  beneficiados, mas não o são porque há problemas estruturais importantes que precisam ser endereçados, como deficiências de infraestrutura e capacidade, e também de cunho regulatório e contratual no que se refere à administração aeroportuária, além de falta de oferta de aeronaves e cias aéreas, entre outros”, disse Marcella.


Ela destaca que esse foi o momento de levar as dificuldades de cunho operacional e de infraestrutura, assim como mercadológicos. “É necessário que os  contratos futuros de concessão contem com cláusulas mais específicas sobre como os terminais de carga serão oferecidos para o mercado. Temos todo o interesse em contribuir com o desenvolvimento desses aeroportos e de outros que também são logisticamente estratégicos para o Brasil.”.


SOBRE ABOL


Regulamentar a atividade dos Operadores Logísticos (OL), responsáveis pelos serviços de transporte, armazenagem, e gestão de  estoque, e garantir maior segurança jurídica, competitividade e sustentabilidade ao setor. Este é um dos grandes propósitos da ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. Desde 2012, a entidade representa, promove e trabalha em prol do desenvolvimento do setor e na defesa do protagonismo e essencialidade dos operadores associados, empresas nacionais e multinacionais que atendem as mais diversas cadeias produtivas e que, juntas, detêm 16% da Receita Bruta de todo o mercado.



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