19/01/2022

Restrições logísticas desafiaram produtores brasileiros

 Restrições logísticas desafiaram produtores brasileiros


Diante das dificuldades nos portos, os exportadores de café têm buscado alternativas para não perder prazos junto a compradores internacionais: desde o embarque em sacos sem contêineres, ao envio por avião.

Nos últimos meses do ano passado, houve o resgate de um sistema chamado ‘break bulk’, que é um tipo de embarque via sacas diretamente nos navios, sem o uso de contêineres. A modalidade foi usada há algumas décadas e ressurgiu adaptada. “Os porões dos navios, hoje, possuem sistemas de refrigeração para tentar garantir a umidade que o processo de exportação requer”, cita Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé.

Não fosse assim, dificilmente exportadores do porte da Cooxupé, a maior cooperativa de café do mundo, e tradings, optariam pelo sistema que no passado trazia riscos de comprometer a qualidade do grão. A cooperativa chegou a enviar mais de 100 mil sacas por essa modalidade no fim do ano passado.

Segundo o Cecafé, desde novembro já ocorreram quatro operações de exportadores via ‘break bulk’ e mais duas foram marcadas para janeiro e fevereiro. Para o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, o modelo é tendência “que veio para ficar”.

Vale lembrar que a principal saída para o grão é Santos (SP), que respondeu por 77% do volume de embarques do grão no ano passado - ou 31 milhões de sacas -, seguido por Rio de Janeiro e Sepetiba (RJ), com 16,3%; e Vitória (ES), com 2,6%.

Em meio ao caos logístico nos portos, houve quem enviasse café por avião. Essa é, porém, uma modalidade muito mais cara. A Agropecuária Labareda (Franca, SP), de cafés especiais, recorreu à alternativa ao menos duas vezes no semestre passado, em outubro e novembro, para atender à Cals Coffee, que distribui seus cafés na Espanha e Portugal.

O importador assumiu as despesas com o frete, e o custo logístico por saca subiu de US$ 7 para US$ 80. “Tivemos de dar um desconto a ele no café”, diz Gabriel Oliveira, diretor da Labareda. Embora também tenha notado melhor fluxo em Santos, ele conta que ao menos duas remessas recentes que saíram por navio devem chegar ao destino com um mês de atraso.



Fonte: Valor Econômico

Notícias Relacionadas
 FedEx conquista certificação em logística farmacêutica

22/05/2025

FedEx conquista certificação em logística farmacêutica

A FedEx Corp conquistou uma importante certificação para o mercado de logística farmacêutica. Durante a 34ª Conferência de Parceria CNS, a multinacional obteve a distinção Center of Exce (...)

Leia mais
 Multilog planeja investimento de R$ 900 milhões

22/05/2025

Multilog planeja investimento de R$ 900 milhões

A empresa de logística Multilog planeja investir R$ 900 milhões pelos próximos três anos para ampliar a capacidade de suas operações, principalmente em São Paulo, Paraná e Santa Catarina (...)

Leia mais
 FM Logistic aposta em alto dos mercados de luxo e beleza

21/05/2025

FM Logistic aposta em alto dos mercados de luxo e beleza

O Brasil está entre os dez mercados de luxo que mais crescem no mundo, com expectativa de avançar 20% até 2029, de acordo com a Euromonitor International. Esse movimento impulsiona setor (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.